Especialista diz que plantio de 50 mil mudas
“não serviram para nada”
Takashi Yamauchi, palestrante convidado pelo vereador
Aloísio Tito Rosa, fez palestra sobre o Terceiro Setor.
Por ZÉMARIO Publicado em 01/12/2009, às 02h11

Declaração de Takashi Yamauchi provocou uma saia-justa durante palestra
Ele foi o palestrante convidado pelo vereador Aloísio Tito Rosa (PMDB) — da base de apoio ao prefeito José Carlos Hori (PPS) —, durante a realização de audiência pública sobre o Terceiro Setor, ocorrida na noite de quarta-feira, dia 25.
Quando indagado por membros do projeto “Reflorestando as Nascentes”, de iniciativa local e que já plantou mais de 50 mil mudas de árvores, sobre a importância dessas ações, Yamauchi foi enfático: “Não serviram para nada. Essas árvores plantadas sem um projeto específico de seqüestro de carbono não serviram para nada”, disse.
A afirmação causou notável descontentamento nos presentes que conhecem ou fazem parte do projeto. O palestrante contabiliza como ações corretas apenas aquelas que gerem lucro a partir do resgate de carbono, desconsiderando todos os demais benefícios conseguidos com o reflorestamento das matas ciliares em Jaboticabal.
O Sistema de Apoio Institucional que Yamauchi dirige é uma entidade sem finalidade lucrativa, reconhecida pelo Ministério da Justiça como OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), com sede na cidade paranaense de Londrina (PR), mas com base operacional na capital paulista.
O palestrante veio falar sobre um projeto de lei que trata da Responsabilidade Ambiental Social em Jaboticabal que, segundo seus autores, cria mecanismos para a geração de recursos para entidades e associações locais.
Durante cerca de duas horas, Yamauchi discursou sobre a legislação federal que disciplina a exigências contidas nos balanços sócioambientais das empresas brasileiras e como isso pode ser revertido na forma de recursos para entidades e associações da cidade.
Entre explicações sobre deduções, incentivos e investimentos que têm como beneficiários os trabalhadores e toda a comunidade local, Yamauchi disse que existe muito dinheiro sendo perdido que poderia ser distribuído entre entidades e associações da cidade. Tudo dentro da lei, segundo ele.
O palestrante explicou que a lei municipal da Responsabilidade Ambiental Social tem o objetivo de orientar e normatizar as ações voltadas para a utilização desses benefícios fiscais. “Devemos ter uma sociedade treinada, capacitada e preparada para entender a forma correta de realizar essas ações”, afirmou o palestrante.
O projeto de lei da Responsabilidade Ambiental Social no município deverá ser apresentado em breve para discussão e votação.
Foto: ZéMario
http://debateonline.com.br/noticia.php?noticia=101&cidade=1
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